terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

700.000 vocábulos, ou mais!

Assustador, não é? Mas é isso mesmo, nossa língua, em quantidade de palavras, só perde para a inglesa, que conta com cerca de 750.000, sem considerar os jargões. Incluídos esses, o inglês passa de 1 bilhão de lexemas. E o Aurélio eletrônico registra 435.000 verbetes do Português.

Isso nos dá uma desculpa para não conhecer bem a língua, mas para mim é desculpa esfarrapada, nesses tempos de internet, em que não faltam referências para consulta.

Compreensível é a dúvida na hora de escrever certas palavras, pois devido à grande quantidade e à variedade de origens, há palavras que nos obrigam a consultar o “pai dos burros”. Vejamos alguns exemplos de palavras que têm formas parecidas, mas sentidos diversos, deixando-nos em dúvida na hora de escrever:

  • esperto – arguto, inteligente / experto – perito, especialista
  • estático – imóvel, parado / extático – absorto, em êxtase
  • espectador – que assiste, que vê / expectador – que espera, que está na expectativa
  • viagem – (subst.) deslocamento de um ponto a outro / viajem – (verbo) a) 3ª pp pres. subj.: que eles viajem; b) 3ª pp imperativo: viajem [vocês]
  • tenção – resolução, intenção / tensão – qualidade de tenso, esticado
  • tachar – pôr tacha, atribuir defeito, acusar / taxar – tributar, fixar preço, cobrar imposto
  • tampouco – também não / tão pouco – muito pouco
  • demais – excessivamente, em demasia, os outros  / de mais – anormal, que causa estranheza
  • haver – existir, ter a receber / a ver – que ver, ter relação
Para concluir, vejamos qual a palavra portuguesa mais extensa. Até pouco tempo atrás, eu pensava que fosse inconstitucionalissimamente. Mas não, o maior “palavrão” da nossa língua é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico. Aquela eu decorei, mas esta ainda não.

Devanir Nunes
ultima-flor-do-lacio.blogspot.com.br

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